quarta-feira, 31 de agosto de 2011

HOMENAGENS



Recebi, um dia desses, um e-mail em que um professor foi desconvidado para ser patrono, pois não havia doado uma pequena fortuna para os formandos. Há de se considerar que àqueles formandos não aprenderam absolutamente nada durante os anos que passaram na Faculdade.

Sempre acreditei em que educação é muito mais que “cuspe e giz”. Aulas dadas. Conteúdos passados. Provas. Seminários. Educador é aquele quem faz a diferença, preocupa-se, empenha-se, que vibra com a vitória do aluno, que bate palmas de pé quando um aluno passa uma informação que ele não tinha.

Educador ganha pouco, trabalha demais, tem que manter a disciplina em sala de aula, tem que observar olho no olho o aluno, passa sempre o final de semana ocupado com elaborações de avaliação, correções de outras tantas, planejando atividades diversificadas, entre outras coisas.

Pena que na educação brasileira há mais pessoas que – por não saberem o que fazer para ganhar dinheiro – vão para sala de aula e se auto-intitulam: professor. É o que faz com que os resultados das pesquisas mundiais sobre educação os níveis apresentados pelo Brasil sejam críticos.

Ufa falei!

Cheguei ao Espírito Santo em 1995, comecei trabalhando nas escolas públicas: Santo Antônio e Pio XII. Foi um ano magistral. Consegui colocar em prática tudo que eu acreditava. Muitas metodologias deletadas da minha prática criei outras. Adequei algumas a realidade em que meu aluno vivia. Li demais.

No ano seguinte 1996 comecei a ministrar aulas na escola privada Centro Educacional Nossa Senhora Aparecida – CENSA, e no meio do ano fiz concurso para ser professora substituta da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. Continuava no Pio XII . Foi outro ano fantástico.
Em 1997 continuava na UFES, no CENSA e no Pio XII. Outro ano de correria, mas muitas alegrias.

Chega 1998 comecei a ministrar aulas no Ceciliano Abel de Almeida – ESTADUAL, escola referência para implantação da escola técnica estadual do ES. Termina meu contrato com a UFES-ES. Fico então no Pio XII e ESTADUAL dou inicio à jornada na escola pública do Cruzamento – aprendi demais com aqueles alunos, a vida sofrida deles fez com que minha visão de mundo mudasse radicalmente. Obrigada a todos! Sinto saudades de vocês!

Final do século XX, muitas emoções começam. Começam as homenagens que recebi. As primeiras referentes aos alunos que terminavam o 2º Grau – tanto das turmas de Administração quanto das turmas de Magistério . Fiquei radiante, porque quando era professora cobrava demais, exigia compromisso. E para minha grata surpresa e muita felicidade – fui “madrinha” de duas turmas . A emoção foi incrivelmente indescritível. Aquela homenagem era muito mais que uma placa e um buquê de rosas foi a certeza de que eu estava no caminho certo.

O tempo vai passando e a turma da UFES de Letras-Português-1997 – faz um convite estranho – quase que a turma toda faz questão de que eu vá à formatura, quase que me impõe. Eu fui, mas sem saber do que ocorreria. Não era paraninfa, não era patrona, e ao mesmo tempo fui à homenageada e jamais esquecerei. O discurso era uma grande metáfora do poema de Drumonnd “No meio do Caminho”. Fiquei apavorada quando a aluna começou a ler o discurso citando e pedindo licença ao poeta, pensei eu – eu sempre me referi a esse poema, o que será que eles vão aprontar? E o discurso continuava quando de repente sou solicitada a me direcionar até à mesa das autoridades, homenageados. E a homenagem começou agradecendo por eu ter sido uma pedra, pois só assim a turma cresceu, brilhou, aprendeu. Chorei demais! Quase todos os alunos dessa turma passaram no Concurso Público para professor.

Em 2001, começo a trabalhar na Faculdade Vale do Cricaré – IVC – aulas nos cursos de Administração, Turismo, Ciências Contábeis e Direito.

Começo a trabalhar na Bahia em 2006 – Faculdade de Teixeira de Freitas – FACTEF, no final do ano recebo homenagem da 1ª turma de Administração – foi emocionante.  Em 2007.2 e 2008.1 a segunda e a terceira homenagens das Turmas de Administração.

Em 2008 a faculdade FACTEF é vendida à Rede Pitágoras e 2008.2 sou convidada pela primeira vez para ser Paraninfa. Quase morri. Fiz um discurso para ser lido, quase não consegui lê-lo, pois a emoção era enorme. 2009.1 Paraninfa outra vez. Outra enorme emoção. 2009.2 Homenageada outra vez. 2010.1 termino com chave de ouro minha passagem pela PITÁGORAS sendo Paraninfa da turma de Administração.

Para minha grata surpresa em 2010.2, já não estava mais trabalhando na faculdade, creio que a memória dos alunos não me despediu e sou homenageada pelas turmas de Administração e de Enfermagem.

E semana passada 18.08.2011 fui convidada para formatura da turma de Administração – 2007.2, turma que ministrei duas disciplinas, que cobrei demais. Fui homenageada também.

Sei que quando alunos homenageiam ou chamam um professor para ser homenageados ou para serem paraninfos é por pura gratidão, reconhecimento, carinho e por não dizer amor, porque eles aprendem a nos amar, do jeito que somos.

Aqui faço uma homenagem a vocês, meus eternos “professores”, pois aprendi com vocês muito. O valor da vida, do respeito, da determinação, da postura, da dificuldade.

Se sempre fui “general” era porque sabia que vocês como comandados eram eficientes soldados; se sempre fui exigente demais é porque sabia do potencial de todos.

Revendo as placas, lembrando dos momentos, apenas tenho a dizer: agradeço demais a todos os alunos pelo carinho e respeito que sempre tiveram por mim.

Beijaços!
Amo vocês +QD+!

Rose Marie Mendes de Lima




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

MENINAS DO VÔLEI




Não sei se é humano, característica típica de países subdesenvolvidos, ou apenas coisa de brasileiro: super-hiper-hiter-mega valorizar apenas os primeiros lugares. Nunca se leva em conta como se chegou até a disputa final entre os dois melhores. Isso sempre me deixou perturbada, pois geralmente em campeonatos as conquistas são entre muitas equipes, e as melhores que chegam até lá.
No final da Copa do Mundo de Futebol Feminino escrevi sobre as barbáries cometidas em comentários desconcertantes sobre Marta e Cia. Fiquei muito aborrecida na época, e ainda estou; porque neste país é super fácil fazer críticas negativas quando não se chega à medalha de ouro, ao primeiro lugar do pódio. Lógico que é só falar mal e acabou. Aqui todo mundo é PHD em criticar sem embasamento.
Hoje assisti, de madrugada, a final do Grand Prix. No começo via e ouvia a partida. Com o decorrer do tempo, tirei o som, pois os comentários – pasmem vindos de atletas que já vestiram a camisa da seleção brasileira de vôlei – eram apenas para desestimular. Achei muito estranho a crítica a Sheila, excelente jogadora, à Natalia, menina que já foi considerada uma das melhores do mundo. A equipe ficou desconsertada com as perguntas idiotas. E eu irada.
Vamos aos dados de 13 partidas 13 vitórias. E a última partida uma derrota com o seguinte resultado: 26-24, 25-20 e 25-21. A derrota pelo que se ouve sem se ter os números parecia ser de 25-0,25-0, 25-0, uma injustiça, uma verdadeira crueldade para com as meninas. O Brasil é um país estranho.
Meninas do vôlei, do esporte que eu admiro e amo muito. Tenham certeza que vocês são FERAS, PODEROSAS e acima de tudo SUPER ATLETAS E HIPER PROFISSIONAIS, por isso as criticas não são justas e por isso não podem jamais atingir vocês.
Estou lendo aqui os comentários sobre a atuação de vocês. E com certeza vocês também lerão. Comecei a sorrir tamanho os despautérios. Vejam bem até ontem todas brilhavam, hoje são opaca... Ontem todas eram feras, hoje são meras filhotes de felinas. Pelo amor de DEUS. Não levem em consideração. Vocês foram, são e serão sempre ESTRELAS DE GRANDEZA INQUESTIONÁVEL.
Parabéns meninas!
Parabéns pela garra, pela determinação, pelo compromisso, pela representação do BRASIL, que até pouco tempo não era nada no vôlei mundial.
Parabéns meninas! Se vocês não fossem vocês – UMA EQUIPE – jamais ganhariam as seguintes premiações:
AS MELHORES DO GRAND PRIX 2011
MELHOR LEVANTADORA - DANI LINS (BRASIL)
MELHOR SAQUETHAÍSA (BRASIL)
MELHOR RECEPÇÃOFERNANDA GARAY (BRASIL)

Com a certeza de que quem escreve, quem fala, quem dá opiniões na MÍDIA – TODAS deve ter CUIDADO, pois na verdade estão muito aquém do que se deseja de um “profissional”. Há de se pensar e muito antes de emitir quaisquer tipos de opinião ou crítica a respeito de tudo, afinal vocês “falam” para milhares de pessoas. E acima de tudo têm a obrigação de INFORMAR e o que andam fazendo é a mais completa DESINFORMAÇÃO COMPLETA.
Na hora que generalizam, erram. E demonstram o quanto precisam aprender analisar para depois comentar!
 Texto de Rose Marie




sábado, 13 de agosto de 2011

Fantástico mundo...


O texto da cronista Rani Mendes O. Lima me reporta a uma criticidade ímpar. Às vezes o profissional, de qualquer área sofre da síndrome do TAXI, como dizem os jovens. Colocam-se como certos e únicos detentores do conhecimento. Usam da vaidade para subestimar os que estão ao seu redor.

As realidades apontadas no texto são verdadeiras. Há sempre, por ai, uma realidade imaginada, que aqui não se faz presente. A leitura é prazerosa e nos faz refletir e concordar.

Você encontrará tais crônicas, que nos mostram com humor, citricidade, ironia e muitas metáforas, nos links abaixo. Leiam e divirtam-se! afinal de contas “ a teoria na prática é outra” e muitos não conseguem enxergar isso...

Fantástico mundo dos pedagogos

Fantástico mundo dos biólogos

Fantástico mundo dos nutricionistas

Fantástico mundo dos dermatologistas


Fantástico mundo dos letrados

Fantástico mundo dos físicos, matemáticos, exatas no geral...
http://estudamosonline.blogspot.com/2010/09/fantastico-mundo-dos-fisicos.html


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

PARFOR


O PARFOR é um plano emergencial, que visa a assegurar a formação exigida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB para todos os professores que atuam na rede pública de educação básica, oferecendo, gratuitamente, cursos superiores de qualidade. O plano é executado em regime de cooperação entre a CAPES, o MEC, as secretarias de educação dos estados e municípios e as instituições públicas e comunitárias de ensino superior.
No âmbito do PARFOR Presencial, as instituições de ensino participantes podem ofertar vagas em cursos regulares da IES, bem como formar turmas especiais, com currículo adaptado às necessidades do professor e em horários diferenciados. Os cursos especiais são qualificados como cursos de:
  1. primeira licenciatura – para docentes da rede pública de educação básica que não tenham formação superior;
  2. segunda licenciatura – para docentes da rede pública da educação básica que atuam em área distinta da sua formação inicial; e
  3. formação pedagógica – para docentes da rede pública da educação básica graduados não licenciados.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ZOHAN - O AGENTE BOM DE CORTE



Na Teoria Literária, segundo Vitor Manuel, há alguns gêneros, um deles a comédia. Muitos leigos pensam que a missão desse gênero é apenas fazer “sorrir”, essa seria a visão comparativa entre a comédia e o “pastelão”. Mas nem sempre é assim. E, que bom, por isso. Uma comédia que se preze tem que ter caráter social, político, religioso, antropológico, entre outros.

Lembro-me das comedias de Charles Chaplin, Temos Modernos, faz com que você sorria pelas tomadas alopradas, mas a informação implícita é uma critica feroz contra o CAPITALISMO.

Nessa linha de raciocínio estou aqui para recomendar o filme: ZOHAN - O AGENTE BOM DE CORTE, que assisti . Muito interessante. Uma crítica feroz à alucinante “guerra ideológica, religiosa, social” entre palestinos e judeus.

O “pano de fundo” é sério, as questões filosóficas de um ódio eterno entre palestinos e judeus; porém o que vem à tona, aquilo que todos observam, é a história de um “cabeleireiro” muito engraçado.

O clímax é a união entre judeus e palestinos por uma causa comum.

Assistam! Vale a pena!

Texto de Rose Marie Mendes de Lima