domingo, 18 de novembro de 2012

Poesia: INSTANTE PARADO NO AR



INSTANTE PARADO NO AR

Não tenho flores para dar
Nem amores...
Há em mim muitas dores
Que o vento não cura
O sol vive se pondo diante de meus olhos

Dor da dor que não sinto
A dor que sei que dói na Faixa de Gaza.
Dos civis em Israel e na Palestina
Das famílias que em espanto
Velam seus mortos em São Paulo e Santa Catarina

Há tantas palavras em mim
Há desejo de sorriso
Mas as lagrimas caem.
Há suor e calafrios...

Não tenho flores,
Todas do mundo é pouco para cobrir os túmulos...
Será que há?

É pouco o momento parado no ar do silêncio...
É necessário compaixão
É vital que vida pulse no ar
Na água
E nos corações que choram
Que amargam a saudade descabida


Rose Marie Mendes de Lima

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